
A liderança não é apenas uma função; pelo contrário, é uma verdadeira arte. Para ser eficaz, ela exige um equilíbrio delicado entre metas, pessoas e valores. No entanto, mesmo os melhores líderes, com toda sua experiência, podem cometer erros que, eventualmente, prejudicam suas equipes, comprometem os resultados e, em alguns casos, até mancham a própria reputação. Por isso, neste artigo, vamos explorar de maneira clara e objetiva os cinco erros mais comuns na liderança e, acima de tudo, como evitá-los por meio de estratégias práticas e insights poderosos.
Como Simon Sinek afirma em “Líderes se Servem por último: Como Construir Equipes Seguras e Confiantes”:
“Grandes líderes não sacrificam as pessoas para salvar números; eles sacrificam números para salvar as pessoas.”
1. Falta de Clareza nos Objetivos

O problema: Imagine uma equipe tentando atravessar uma floresta densa, porém, sem um mapa ou sequer uma bússola. Em outras palavras, isso é exatamente o que acontece quando os objetivos não estão claros: a confusão domina, o retrabalho se multiplica e, como consequência, há um grande desperdício de energia.
Sinais de alerta:
1️⃣ A equipe frequentemente pede esclarecimentos sobre suas tarefas: Isso geralmente indica que as responsabilidades não foram definidas de maneira clara desde o início. Além disso, essa falta de direcionamento pode gerar confusão e prejudicar o fluxo de trabalho.
2️⃣ Os prazos não são cumpridos porque ninguém sabia que eles existiam: Esse é um dos problemas mais comuns quando os objetivos e cronogramas não são comunicados adequadamente. Como consequência, o planejamento se torna ineficaz e o desempenho da equipe acaba sendo comprometido.
3️⃣ O time parece desmotivado ou perdido: Em outras palavras, quando os colaboradores não têm uma visão clara do propósito ou do impacto de seu trabalho, eles tendem a perder o entusiasmo e a produtividade diminui significativamente.
Como evitar:
1️⃣ Estabeleça metas específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART): Para começar, defina objetivos que sejam claros e objetivos, de forma que todos possam compreendê-los facilmente. Além disso, certifique-se de que cada meta seja realista e alinhada aos recursos disponíveis, garantindo assim a sua viabilidade.
2️⃣ Crie uma visão clara e compartilhada com a equipe: Logo após estabelecer as metas, comunique uma visão que inspire e una o time em torno de um propósito comum. Reforce frequentemente como cada tarefa desempenhada contribui para o objetivo maior, pois isso ajuda a manter o foco e a motivação no longo prazo.
3️⃣ Use ferramentas visuais, como kanbans ou cronogramas: Implemente recursos visuais para organizar e acompanhar as responsabilidades da equipe. Ferramentas como kanbans, cronogramas e checklists não apenas tornam as tarefas mais visíveis, mas também garantem que todos entendam claramente suas funções e prazos.
📖 Stephen Covey, em “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, sugere:
“Comece com um objetivo em mente. A clareza é a base da execução eficaz.”
Exemplo prático:
Em um projeto de lançamento de produto, ao invés de dizer: “Precisamos entregar rápido”, diga:
“Precisamos lançar a campanha em 30 dias, dividindo as tarefas em 3 fases. A primeira fase será concluída até sexta-feira.”
Essa abordagem elimina dúvidas e mantém todos alinhados.
2. Centralizar Todas as Decisões
O problema: Em muitas situações, líderes que tentam fazer tudo sozinhos acabam, inevitavelmente, criando gargalos no fluxo de trabalho e, ao mesmo tempo, impedindo o crescimento da equipe. Como resultado, isso desmotiva os colaboradores, pois eles frequentemente se sentem subutilizados e até mesmo desvalorizados.
Sinais de alerta:
1️⃣ Você frequentemente se sente sobrecarregado com tarefas que poderiam ser delegadas: Esse é um indicativo claro de que você está acumulando responsabilidades que poderiam ser distribuídas entre os membros da equipe. Além disso, isso não apenas prejudica sua produtividade, mas também impede que outros desenvolvam suas habilidades.
2️⃣ A equipe está desengajada, aguardando ordens o tempo todo: Isso geralmente acontece porque os colaboradores não se sentem empoderados para tomar decisões ou agir por conta própria. Como resultado, eles acabam dependentes e desmotivados, esperando constantemente por instruções.
3️⃣ Decisões pequenas são constantemente atrasadas porque passam sempre por você: Em outras palavras, a centralização de decisões cria gargalos desnecessários, prejudicando o fluxo de trabalho e atrasando a entrega de resultados.

Como evitar:
1️⃣ Identifique tarefas delegáveis e escolha colaboradores qualificados para executá-las: Antes de tudo, analise quais atividades realmente precisam de sua atenção direta e quais podem ser realizadas por outros membros da equipe. Além disso, ao selecionar os responsáveis, certifique-se de que eles possuem as habilidades necessárias para cumprir a tarefa com excelência.
2️⃣ Dê autonomia com limites claros: Depois de delegar, explique detalhadamente o que deve ser feito, mas, ao mesmo tempo, permita que os colaboradores escolham como executar as tarefas. Dessa forma, você promove um equilíbrio saudável entre liberdade e responsabilidade, incentivando a criatividade e o comprometimento.
3️⃣ Confie no processo, mas acompanhe os resultados com check-ins regulares: Por fim, embora seja importante dar espaço para a equipe trabalhar, agende check-ins periódicos para monitorar o progresso e oferecer apoio quando necessário. Essa prática garante que os objetivos sejam alcançados sem a necessidade de microgerenciamento.
📚 Jocko Willink, no livro “Responsabilidade Extrema: Como os Navy Seals Lideram e Vencem”, reforça:
“A liderança eficaz exige que você capacite os outros a assumir responsabilidades.”
Exemplo prático:
Em uma situação onde você precisa organizar um evento, delegue:
“João, você é responsável pelo local. Maria, pela lista de convidados. Me mantenham atualizados a cada etapa.”
Essa abordagem divide a carga e incentiva a proatividade.
3. Falta de Comunicação Assertiva
O problema: Muitas vezes, líderes que não se comunicam de forma clara acabam deixando espaço para interpretações erradas. Como consequência, isso pode gerar conflitos internos, causar atrasos significativos nos processos e, além disso, aumentar a frustração entre os membros da equipe.
Sinais de alerta:
1️⃣ Mensagens mal-entendidas frequentemente resultam em erros constantes: Esse problema pode indicar que a comunicação está sendo vaga ou ambígua, o que aumenta as chances de falhas e retrabalho.
2️⃣ Os colaboradores muitas vezes hesitam em pedir esclarecimentos: Isso ocorre, geralmente, porque eles não se sentem confortáveis ou seguros o suficiente para questionar. Como resultado, dúvidas não resolvidas acabam prejudicando o andamento do trabalho.
3️⃣ Há tensões frequentes na equipe devido a ruídos na comunicação: Em outras palavras, os conflitos gerados por mal-entendidos acabam desgastando o ambiente de trabalho e comprometendo a colaboração entre os membros da equipe.
Como evitar:
1️⃣ Adote a comunicação não-violenta: Em primeiro lugar, use uma linguagem clara e objetiva, sem julgamentos ou acusações que possam gerar mal-entendidos ou conflitos. Além disso, a comunicação não-violenta promove um ambiente de respeito mútuo, essencial para a colaboração.
2️⃣ Confirme o entendimento: Sempre que possível, peça para os colaboradores repetirem o que foi combinado, garantindo, assim, que a mensagem foi realmente captada. Esse simples passo evita erros e assegura que todos estejam alinhados com os objetivos.
3️⃣ Promova reuniões objetivas: Por fim, vá direto ao ponto durante as reuniões, evite longas divagações que dispersam a atenção e mantenha todos focados nos tópicos principais. Dessa forma, o tempo é utilizado de maneira mais produtiva e eficiente.
📖 Marshall Rosenberg, em “Comunicação Não-Violenta”, afirma:
“A qualidade de nossa comunicação pode definir a qualidade de nossas relações.”

Exemplo prático:
Se você precisa de um relatório urgente, evite:
“Preciso disso rápido.”
Prefira:
“Preciso do relatório X até amanhã às 15h. Ele deve incluir as métricas Y e Z. Está claro para você?”
4. Ignorar a Importância do Feedback
O problema: Frequentemente, líderes que não oferecem feedback deixam suas equipes completamente no escuro. Como resultado, sem qualquer orientação clara, os colaboradores não conseguem saber se estão no caminho certo ou, ainda mais importante, onde podem melhorar para alcançar melhores resultados.
Sinais de alerta:
1️⃣ Os membros da equipe frequentemente parecem inseguros em relação ao desempenho: Esse comportamento pode indicar que eles não têm clareza sobre o que está sendo esperado ou se estão atendendo às demandas da forma correta.
2️⃣ Você apenas oferece feedback em situações críticas ou negativas: Essa prática, por sua vez, pode gerar desmotivação, já que os colaboradores começam a associar feedbacks exclusivamente a momentos de erro ou tensão.
3️⃣ Há pouco ou nenhum reconhecimento de boas práticas ou esforços: Como consequência, a equipe pode se sentir desvalorizada, o que afeta diretamente a motivação e o engajamento nos projetos.
Como evitar:
1️⃣ Dê feedback frequente: Para começar, é fundamental equilibrar elogios e críticas construtivas, pois essa prática não só orienta a equipe, mas também mantém a motivação em alta. Certifique-se de que o feedback seja claro, específico e entregue de maneira respeitosa.
2️⃣ Use o método SBI (Situação, Comportamento, Impacto): Em outras palavras, descreva a situação com precisão, destaque o comportamento observado e explique o impacto causado. Esse método, além de ser objetivo, evita interpretações erradas e torna o feedback mais efetivo.
3️⃣ Realize revisões periódicas: Por fim, agende momentos regulares para revisar as ações e ajustar o curso quando necessário. Dessa forma, você garante que os objetivos estejam sendo alcançados e promove uma cultura de aprendizado constante.
📖 Kim Scott, em “Empatia Assertiva: Como ser um Líder Incisivo sem Perder a Humanidade”, sugere:
“Um feedback genuíno não apenas orienta, mas também constrói confiança.”

Exemplo prático:
“Na reunião de ontem (situação), você apresentou o relatório de forma clara e objetiva (comportamento). Isso ajudou o time a entender melhor os números e planejar as próximas ações (impacto).”
5. Priorizar Resultados Acima das Pessoas

O problema: Em muitos casos, quando os líderes focam exclusivamente em metas e, ao mesmo tempo, ignoram o bem-estar da equipe, os resultados podem até surgir a curto prazo. No entanto, com o passar do tempo, a motivação começa a diminuir, e a retenção dos talentos na equipe também acaba sendo severamente prejudicada.
Sinais de alerta:
1️⃣ A equipe começa a apresentar sinais de burnout, como, por exemplo, cansaço constante, desmotivação e uma evidente falta de interesse nas atividades diárias.
2️⃣ A rotatividade de colaboradores aumenta significativamente, acompanhada de reclamações frequentes sobre o ambiente ou as condições de trabalho, o que pode indicar insatisfação generalizada.
3️⃣ Há uma clara falta de engajamento nos projetos, pois os membros da equipe demonstram pouca proatividade e um envolvimento muito abaixo do esperado.
Como evitar:
1️⃣ Demonstre interesse genuíno pelas pessoas: Antes de mais nada, procure perguntar sobre suas necessidades específicas e desafios enfrentados no dia a dia. Esse gesto simples, mas poderoso, cria conexões mais fortes e reforça a confiança dentro da equipe.
2️⃣ Promova um ambiente saudável: Além de cuidar dos processos, incentive pausas regulares e horários equilibrados, garantindo que o bem-estar do time esteja sempre em primeiro lugar. Afinal, uma equipe saudável é mais produtiva e engajada.
3️⃣ Celebre conquistas, grandes ou pequenas: Não importa se o objetivo atingido foi simples ou complexo, reconheça os esforços do time em todas as ocasiões. Essa atitude, por sua vez, motiva os colaboradores e fortalece o espírito de equipe.
📖 Daniel Pink, em “Motivação 3.0 – Drive: A surpreendente verdade sobre o que realmente nos motiva”, destaca:
“O que realmente motiva as pessoas é o propósito, a autonomia e a maestria.”
Exemplo prático:
Se você perceber que uma equipe está sobrecarregada, é importante agir de forma proativa e perguntar:
“Na sua opinião, o que podemos ajustar para facilitar a entrega deste projeto? Além disso, existe algo específico que está dificultando o trabalho ou impedindo o progresso?”
Conclusão
Liderança eficaz não significa, de forma alguma, ser perfeito. Pelo contrário, ela exige estar constantemente disposto a aprender, ajustar rotas e evoluir diante dos desafios. Além disso, ao evitar esses erros comuns, você não apenas cria um ambiente onde as pessoas prosperam, mas também estabelece uma base sólida para que os resultados apareçam de forma natural e sustentável. Como consequência, o trabalho se torna não apenas mais produtivo, mas também mais gratificante para todos os envolvidos.
💬 E você?
Quais desses erros você já enfrentou ou presenciou em sua trajetória? Não deixe de compartilhar sua experiência nos comentários — sua perspectiva pode ajudar outros líderes a refletirem e crescerem!
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